Vendas em São Paulo registram alta histórica
Conforme previsão da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o mês de dezembro foi o melhor de toda a série histórica, que teve início na crise de 2008. Os dados apresentados pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), revelam que as vendas do comércio varejista no estado de São Paulo atingiram R$ 69,8 bilhões em dezembro, alta de 4% em relação ao mesmo período de 2017.
Já no ano passado, o faturamento real do setor aumentou 5,3%, o que representa um montante de R$ 34,2 bilhões a mais do que o obtido no período de janeiro a dezembro de 2017. Os segmentos que foram destaques no desempenho das vendas são os bens duráveis, móveis, eletrônicos e eletrodomésticos, com crescimento médio de 7%, enquanto os outros grupos registraram em torno de 4% de aumento.
Das nove atividades pesquisadas, oito registraram expansão em seu faturamento real no comparativo anual, com destaque para os setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (7,8%) e supermercados (5,3%). Juntos, contribuíram para o resultado geral com 2,4 pontos porcentuais (p.p.). O único segmento a registrar leve queda no desempenho foi o de outras atividades (-0,3%). No entanto, não exerceu impacto significativo nas vendas.
Segundo a Federação, os dados apontam que as famílias não estão comprando somente o essencial, mas também voltaram a adquirir objetos domésticos – que sofreram queda de até 45% no período de instabilidade. Resultado do bom momento nas variáveis econômicas, como recuperação do emprego, juros mais baixos, inflação controlada, entre outros. Além disso, nos últimos dois anos, foi consolidado o ciclo de recuperação da crise que houve entre 2014 e 2016, visto que a última queda mensal registrada pelo comércio paulista foi em novembro de 2016.
Expectativa
Para a Entidade, o ambiente econômico está positivo e tende a melhorar em 2019 com os encaminhamentos e as aprovações das principais reformas, como a da Previdência e a Tributária, que devem contribuir para o ajuste das contas públicas e para a inflação mais controlada. Dessa forma, o mercado será alavancado por investimentos externos e internos, dando continuidade à abertura de crédito e ao aumento do consumo.
Contudo, a FecomercioSP orienta o empresário a ter mais atenção ao período de discussão desses projetos políticos, pois pode influenciar na alta do câmbio, elevando os preços dos produtos e, consequentemente, a inflação. Por isso, enquanto as reformas não forem aprovadas, é preciso ter ainda mais controle de fluxo de caixa, estoques, receitas e despesas.
(Com informações da Novarejo)
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