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Via Varejo vai focar mais em móveis pela margem de lucro maior

Por Natalia Concentino - 17 de Dezembro 2019

Em busca do tão falado turnaround (mudança) que o mercado espera, a Via Varejo irá buscar um foco maior em comercializar móveis e em ampliar a presença no Norte e Nordeste do Brasil.

A Via Varejo realizou nesta terça-feira (17) seu Investor Day, data para apresentar o planejamento para o próximo ano aos seus investidores. De acordo com Abel Ornelas, vice-presidente comercial e de operações da Via Varejo, a empresa deverá abrir entre 70 e 90 novas lojas em duas regiões do Brasil.

A estratégia também vai ao encontro da Via Varejo se tornar cada vez mais omnichannel. De acordo com o executivo, a cada loja física aberta, o tráfego oriundo daquela região cresce até 40% no site da companhia. “A expansão será focada no Norte e Nordeste do país. [O estado de] Tocantins, no Norte, principalmente. Hoje, nossas lojas do Nordeste já tem uma produtividade 10% superior as demais”, afirmou ele. Para o executivo, as vendas na região também devem aumentar a importância do financeiro à companhia. “A região é uma alavanca de crédito. Terá maior penetração grande de móveis, que é uma categoria que a empresa vai investir muito”, disse.

Para a Via Varejo, os móveis são um nicho de R$ 45 bilhões por ano e que fidelizam o cliente. A empresa tem cerca de 8% do mercado, maior que a soma da segunda e terceira colocadas. “Linha de móveis tem 10 pontos de margem acima do restante. Além disso, tem uma penetração forte no crediário e com baixa inadimplência", completou o vice-presidente. Grande parte da margem vem graças a Batira, a fábrica de móveis da companhia.

O diretor-presidente do Instituto Impulso, Ari Bruno Lorandi, lamentou o desconhecimento do vice-presidente comercial e diretor de operações da Via Varejo sobre o tamanho do mercado moveleiro. "Veja, se a empresa tivesse 8% do mercado de fato, a Via Varejo estaria faturando R$ 6 bilhões por ano na venda de móveis e não os R$ 3,6 bilhões que fatura hoje", observou Lorandi, acrescentando que "se Abel Ornelas está entusiasmado por um mercado de R$ 45 bi, imagine o que faria por um mercado de mais de R$ 75 bilhões...".

O Instituto Impulso desenvolve um estudo sobre o potencial de consumo de móveis no Brasil desde 2002 e o potencial de consumo predvisto para 2020 soma R$ 75,6 bilhões.

(Com informações do Suno Search)

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