Westwing opera com movimento três vezes maior em julho, diz CEO

Em entrevista para o Mercado & Consumo em Alerta, na sexta-feira, 17, Andres Mustchler, fundador e CEO da Westwing, maior clube de compras de casa e decoração da América Latina disse que se surpreendeu pelos resultados alcançados por seu site no mês de julho, principalmente porque sabia que o consumidor ainda receava fazer compras pela internet até então.

O fundador e CEO da Westwing disse que fechou a loja física da marca cerca de duas semanas antes da quarentena oficial e todos os funcionários passaram a operar em home office. Mustchler contou que o início deste período foi assustador com quedas de 20% a 25% nas operações de e-commerce. “Cerca de 90 fornecedores fecharam suas operações na primeira semana, mas posteriormente o crescimento trouxe parâmetros inimagináveis. Já neste Neste mês estamos operando com patamar de três vezes ao que a gente operava antes da pandemia”, disse.

O executivo falou sobre o medo dos consumidores em efetuarem suas compras pela internet. Segundo ele, esse receio foi vencido já cinco anos, mas ainda existem muitas barreiras a serem vencidas para fortalecer a segurança que o cliente vem adquirindo – e exigindo – ao longo dos anos. “O aumento de quatro milhões de novos compradores no período da pandemia trouxe também o crescimento no número de tentativas de fraudes e, consequentemente, pessoas que estão se aproveitando disso”, revelou.

Andrés disse que um dos grandes problemas do e-commerce é a escala e que a pandemia isso para o e-commerce com projeções de chegar mais próximo dos EUA. O executivo falou também sobre aquilo que o e-commerce fez nos últimos 25 anos: focar em atender a compra por necessidades. “Um dos grandes desafios no e-commerce daqui pra frente é conseguir construir experiências digitais que levam o consumidor a novas descobertas e o live shopping é um exemplo interessante de tentativa para esse processo. O ecossistema como um todo deve avançar neste caminho de navegação por descoberta e não só por necessidade ou impulso, ações mais comuns e vivenciadas no varejo físico”, completou.