MV Norte & Nordeste 19
8 CÁ ENTRE NÓS Ari Bruno Lorandi A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR Por que a pesquisa TOP 20 é mais justa ao apontar vencedo- res? A resposta é sim- ples: a metodologia adotada evita qualquer viés comer- cial ou até de influência das próprias marcas junto aos lojistas. Afinal, o lo- jista influenciado até poderia indicar determinada marca, mas entra outro componente que minimiza a impor- tância deste voto, a nota que pode va- riar entre 5 e 10. É neste quesito que o lojista se ampara para dar o devido valor a cada indicação. Por sinal, se observou tal comportamento em al- guns votos (para votar o lojista deve se identificar) em que foram indica- das cinco marcas mas atribuídos vo- tos maiores a uma ou duas. Quando há indicação e não há nota, prevalece a nota mínima o que, novamente, evita distorções. Votar é uma coisa, eleger a marca é outra. Por isso a ale- gria de quem é TOP 20 (veja na pág. 46) e o reconhecimento da lisura da pesquisa de quem ficou de fora. Não fomos nós, foram os lojistas. NORDESTE É PRÓDIGO EM FEIRAS A julgar pela quantidade de feiras previstas para os primeiros me- ses de 2020 no Norte e Nordeste, o mercado destas regiões vai bombar no próximo ano (veja o calendário na pág. 30). Serão 7 eventos entre março e maio. Não é pouca coisa, principalmente por considerar que a maioria dos expositores são das regiões Sul e Sudeste, portanto, um esforço considerável de logística, além dos investimentos financeiros. NÃO PODIA SER PIOR... Comprar móveis usados sempre es- teve na cabeça dos consumidores, mas um levantamento da Confede- ração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, mostra que agora está ainda mais. Seis em cada 10 consumidores compraram algum item de segunda mão nos últimos 12 meses, e a maioria, 96%, ficou satisfeita. Dos que compraram algo usado, 50% optaram por móveis. E a justificativa é sempre a mesma: custa 50% do preço de um novo. Dá pra entender porque muitas indústrias priorizammóveis descartáveis... SELO DO INMETRO PODE SAIR DOS COLCHÕES A notícia está nesta edição, mas en- quanto o Inmetro ainda não autori- zou a retirada dos selos dos colchões, tem loja em Pernambuco vendendo colchões sem o dito selo do Inmetro. O Ipem recolheu quase 70 colchões de uma loja no Recife. Mas temmuito mais, admite o próprio Inmetro, que se diz sem condições de fiscalizar. POLOS MOVELEIROS NO NORDESTE Recentemente houve o 1º congresso moveleiro do Nordeste, em João Pes- soa. É uma iniciativa louvável, mas é necessário que haja uma mobilização de todos os envolvidos para recupe- rar a indústria moveleira do Nordes- te, especialmente a partir dos polos onde os investimentos podem ser mais otimizados. Em Pernambuco existia um importante polo de esto- fados em Caruaru, outros de móveis de madeira em João Alfredo e Gra- vatá; No Ceará, o polo de Marco; no Maranhão, o de Imperatriz; os de Palmeira dos Índios e Arapiraca, em Alagoas, estado que também sinali- zou investimentos no setor com o funcionamento de uma indústria de painéis; Vitória da Conquista e Tei- xeira de Freitas, na Bahia; Nossa Se- nhora da Glória, em Sergipe; Campi- na Grande, na Paraíba. Só para citar os mais conhecidos. É HORA DE AGIR São centenas de empresas com boas condições de produzir móveis no Nordeste, porém hoje quase 70% do consumo da região vem de empresas de fora. O abandono da indústria lo- cal, principalmente por parte do po- der público, é lamentável, porque não se gera emprego, renda, consumo, en- fim melhores condições de vida para a população local. Os sindicatos de moveleiros precisam assumir o seu papel, principalmente agora com as condições para uma boa retomada da economia brasileira. Com certeza va- mos voltar mais vezes a este assunto. UMA INICIATIVA LOUVÁVEL DA MAGNO MÓVEIS QUE DEVERIA SER MULTIPLICADA
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